No início do mês de maio, o governo dos Estados Unidos informou que pretende vender até 12 aeronaves Super Tucano, da Embraer, para a Nigéria. A iniciativa visa auxiliar o presidente nigeriano Muhammadu Buhari no combate ao grupo terrorista Boko Haram. A finalização da venda, que ainda tramita no Congresso americano, pode ser agilizada com a visita do presidente Barack Obama ao país africano em julho, segundo informações do New York Times. A notícia, no entanto, é positiva para a indústria bélica brasileira, que ganha destaque novamente no mercado internacional.
A parceria entre Embraer e Estados Unidos começou em 2013 quando o Super Tucano, fabricado pela empresa brasileira, chamou a atenção da maior potência militar do mundo. Naquele ano, a Embraer surpreendeu o mercado ao vencer a licitação para fornecer as aeronaves para os Estados Unidos. A parceria corresponde hoje a cerca de 20% da receita da fábrica da Embraer em São José dos Campos.
“O Brasil é o nosso maior parceiro na América Latina”, declarou subsecretária de Estado para Controle de Armas e Assuntos de Segurança Internacional dos Estados Unidos, Rose Gottemoeller, em reunião com representantes do Ministério da Defesa em abril deste ano. Sobre o Super Tucano, ela afirmou: “é um ótimo avião, encaixa-se em vários tipos de missões, e queremos expandir os mercados”.
Com apoio dos EUA, as aeronaves já entraram em ação no Afeganistão nas missões de destruição de posições dos extremistas do Taleban e da Al-Qaeda no início deste ano. Até novembro, a aviação afegã terá mais um esquadrão, somando oito Super Tucanos. A força aérea afegã está sendo reformada com recursos americanos.
O que tem chamado a atenção dos investidores é que os Super Tucanos podem ser usados para treinamento, vigilância e ataques. As aeronaves podem ser armadas com metralhadoras e carregar até 1.550 quilos de armas. A plataforma do avião foi projetada para proporcionar uma vida útil em potencial de 18 mil horas para missões típicas de treinamento, ou 12 mil horas em ambientes operacionais, dependendo das cargas de missão e da utilização. Além disso, os Super Tucanos têm um sistema de controle ambiental projetado para maximizar o conforto da tripulação, equipado com assentos ejetáveis.
Fonte: Indústria de Defesa & Segurança

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